quarta-feira, 9 de março de 2011

Ódio Aflito


Comecei a perder as palavras,
a tropeçar na tristeza
e senti-me a cair
num fundo tão escuro...
Precisava de uma paz duradoura,
de um ruído silencioso
vindo do bater do coração.
Precisava que estas lágrimas
conseguissem cantar o desejo
de me afundar no teu corpo.
As memórias deixam viva
a ausência amarga.
Num grito de saudade
penso em ouvir tuas palavras
onde agora reina o silêncio misterioso,
penso em vislumbrar o olhar
onde o ódio aflito da ausência
agora em ti vive aprisionado,
penso em sentir a tua boca
onde encontrei o amor.
Só ele poderá rasgar esse ódio
aflito que vive em ti.
Quando tua boca me encontrar
e teu corpo eu voltar a possuir
esse ódio ruirá para sempre!

Sem comentários:

Enviar um comentário